Caos, sentido e amor / Chaos, feeling and love.
Below is the English version (translated by Google)
Caos, sentindo e amor.
Dias antes de chegar a Bridge House Mulheres da Terra aconteceram coisas desafiadoras como meu carro quebrar, não conseguir sublocar o meu aparamento, eu cheguei a pensar que ECCO estava me dizendo para não vir, eu estava criando todo o tipo de tensão a minha volta e dentro de mim, porque meu medo sobre deixar de viver sozinha e estar vivendo com outras mulheres era enorme.
Eu queria muito estar aqui, depois de ficar cinco meses viajando e fazendo treinos com outras mulheres, voltar a morar em São Paulo sozinha foi frustrante, então quando Vera me telefonou dizendo sobre a Bridge House Mulheres da Terra, eu disse sim de imediato e pulei de alegria!
Eu cheguei a Brigde House tão entusiasmada, a casa onde morarmos é cercada de natureza, da janela do quarto é possível ver uma grande lagoa, diversos lindos pássaros sobrevoam a casa todos os dias, um dia estava fazendo EHP no jardim da casa e um grande lagarto apareceu, acho que que ele ficou curioso com o que estava acontecendo.
Estar vivendo dentro da natureza tem sido curador para mim. Quando olho pela janela o que sinto é eu pertenço a esse lugar. Um amigo me disse que viver no plano é uma invenção humana, que a natureza não existe plano, penso nisso e vejo pela janela uma aranha “voar” pelos ares enquanto sobe pela sua teia, acho que ele tinha razão! Estar no meio da natureza, exceto com as baratas, é excitante!
E tudo poderia ser um paraíso se não fosse a enorme pressão interna que carrego comigo.
Nos primeiros dias eu queria apenas estar aqui. Nadar no mar, olhar as árvores balançando, descobrir quem são os vizinhos, conversar com outras mulheres da casa. Eu descobri que Alice é tão engraçada e companheira, ela é completamente apaixonada por café e pelo silencio das manhãs. Sônia sabe mais de músicas brasileiras do que eu, ela ama dançar, fazer magia e apreciar Tucanos, ela tem desenvolvido o dom de se comunicar com animais. Vera gosta de filmes de ficção cientifica, apresentar frutas tropicais, como jaca e caju, para outras mulheres, de pesquisar sobre a criação e de falar inglês comigo.
Em meio a todas essas maravilhas e descobertas, tenho carregado comigo um caderninho de fazeres, é horrível eu sei, uma lista de tudo o que tenho que fazer. Responder e-mails, traduzir sites, escrever newsletter, falar com tal pessoa. Penso, se eu estivesse em São Paulo tudo estria terminado, eu me trancaria no quarto e depois de tudo terminado poderia “viver”, o que muitas vezes significava assistir séries na televisão.
Aqui a vida pulsa, eu penso: - Não tenho tempo, aqui as horas passam depressa demais, vou acordar mais cedo amanhã para ter tempo de fazer tudo. Na verdade, não é sobre tempo, é sobre estar viva de verdade.
Ainda quando me deito na cama o meu medo cresce, tenho frases como eu não fiz isso, amanhã tenho que fazer aquilo, sinto medo que se eu deixar de fazer toda essa pressão em mim, se eu abandonar o caderninho com a lista de fazeres irei virar uma pessoa irresponsável, me dou conta que acredito que ser adulto é ser assim, é ter essas listas do que tenho que fazer.
Enquanto escrevo essas palavras me pergunto como é viver sem pressão? Eu ainda não tenho uma resposta para isso, tenho algumas pistas, e esses são meus próximos passos.
Eu havia planejado começar esse artigo falando do mar, eu não sabia muito bem o porquê, mas em um acerta manhã o porquê falar do mar enquanto quero dizer sobre pressão ficou evidente.
Eu e Alice decidimos ir juntas hoje cedo a praia entregar o Menu de Possibilidades e fazer raiva em pé. Eu estava tão animada com isso, no dia anterior eu, Alice, Vera e Sônia havíamos entregado o Menu e isso me deixou tão inspirada que quis fazer na manhã seguinte.
Saímos as 7h de casa e equipadas com cadeiras e um pequeno cartaz com nossas ofertas.
Nós não tínhamos muito tempo até o primeiro compromisso do dia, minha proposta era entregar o Menu para pelo menos uma pessoa, fazer raiva em pé, pular no mar e voltar para casa.
Chegamos na praia e a maioria das pessoas que estavam lá jogavam futebol, e nós rapidamente vimos duas mulheres deitadas em uma canga. Me aproximei delas apresentei o Menu e ambas quiseram fazer, foi maravilhoso, elas disseram que haviam ido à praia aquele dia conversando exatamente sobre novas possibilidades, e que era coincidência nos encontrar.
Depois fomos à beira do mar e fizemos raiva em pé. Alice gritava dizendo o que bastava, colocando limites, ela gritava tão alto e furiosa, algumas pessoas gritaram de volta, não olhamos, era apenas nós duas naquele momento.
Antes de voltar para casa paramos para tomar café, e por coincidência, escolhemos ao acaso justamente um café no qual a proprietária era uma mulher Alemã, Alice nasceu na Alemanha, elas falaram em alemão alguma coisa que não entendi, pegamos o café, sentamos na cadeira e Alice começou a me dizer sobre o experimento que ela estava fazendo sobre usar a tristeza para se comunicar com as pessoa, para ter conexão, então antes de irmos embora Alice voltou para dentro do café e começou a falar em alemão para a dona do café, ela disse: - Sabe, estou morando aqui porque tenho um projeto com outras mulheres e começou a dizer sobre a Bridge House. A dona do café não mostrou tanto interesse, nos despedimos e quando nos aproximávamos para entrar no carro para finalmente ir embora para casa, veio uma outra mulher correndo atrás de nós, e por coincidência ou não era uma outra mulher alemã que disse: - Eu não pude deixar de ouvir a conversa de vocês, e minha filha também tem um projeto de mulheres e talvez vocês gostem de conhecer ela, e ficamos uns quinze minutos conversando com ela, trocamos telefone, e enquanto escrevo essas palavras, Alice no quarto ao lado me envia uma mensagem, dizendo que a filha da Mulher que nós conhecemos no café, quer nos conhecer no sábado. Foram apenas duas horas e tanta vida aconteceu. E enquanto a vida acontecia não havia o depois, não havia pressão, não havia o que fazer era apenas uma explosão de caos, sentido e amor.
Chaos, feeling and love.
Days before arriving at Bridge House Mulheres da Terra, challenging things happened like my car breaking down, not being able to sublet my property, I came to think that ECCO was telling me not to come, I was creating all kinds of tension around me and inside me, because my fear about stopping living alone and living with other women was enormous.
I really wanted to be here, after spending five months traveling and training with other women, returning to live in São Paulo alone was frustrating, so when Vera called me about Bridge House Mulheres da Terra, I said yes immediately and jumped of joy!
I arrived at Brigde House so excited, the house where we live is surrounded by nature, from the bedroom window you can see a large pond, several beautiful birds fly over the house every day, one day I was doing EHP in the house's garden and a big lizard appeared, I think he was curious about what was happening.
Being living within nature has been healing for me. When I look out the window what I feel is that I belong to this place. A friend told me that living on the plane is a human invention, that nature does not exist on a plane, I think about it and see through the window a spider “flying” through the air as it climbs its web, I think he was right! Being in the middle of nature, except with the cockroaches, is exciting!
And everything could be paradise if it weren't for the enormous internal pressure I carry with me.
In the first few days I just wanted to be here. Swim in the sea, look at the swaying trees, find out who the neighbors are, talk to other women in the house. I discovered that Alice is so funny and companionable, she is completely in love with coffee and the silence of the mornings. Sônia knows more about Brazilian music than I do, she loves dancing, doing magic and enjoying Tucanos, she has developed the gift of communicating with animals. Vera likes science fiction films, introducing tropical fruits, such as jackfruit and cashews, to other women, researching creation and speaking English with me.
In the midst of all these wonders and discoveries, I have been carrying with me a little to-do notebook, it's horrible I know, a list of everything I have to do. Answer emails, translate websites, write newsletters, talk to that person. I think, if I were in São Paulo, everything was over, I would lock myself in my room and after everything was over I could “live”, which often meant watching series on television.
Here life pulses, I think: - I don't have time, here the hours pass too quickly, I'm going to wake up earlier tomorrow to have time to do everything. In fact, it's not about time, it's about being truly alive.
Even when I lie in bed my fear grows, I have phrases like I didn't do that, tomorrow I have to do that, I feel afraid that if I stop putting all this pressure on myself, if I abandon the notebook with the to-do list I will becoming an irresponsible person, I realize that I believe that being an adult means being like that, it means having these lists of what I have to do.
As I write these words I wonder what it's like to live without pressure? I don't have an answer to that yet, I have some clues, and those are my next steps.
I had planned to start this article talking about the sea, I didn't really know why, but one morning the reason why I talk about the sea while I want to talk about pressure became evident.
Alice and I decided to go to the beach together this morning to hand out the Menu of Possibilities and stand up. I was so excited about it, the day before me, Alice, Vera and Sônia had delivered the Menu and it left me so inspired that I wanted to do it the next morning.
We left home at 7am equipped with chairs and a small poster with our offers.
We didn't have much time until the first appointment of the day, my proposal was to hand the Menu to at least one person, stand up, jump into the sea and go home.
We arrived at the beach and most of the people there were playing football, and we quickly saw two women lying on a sarong. I approached them and presented the Menu and they both wanted to do it, it was wonderful, they said that they had gone to the beach that day talking exactly about new possibilities, and that it was a coincidence that they found us.
Then we went to the seaside and stood up. Alice screamed saying what was enough, setting limits, she screamed so loud and furious, some people shouted back, we didn't look, it was just the two of us at that moment.
Before returning home we stopped to have coffee, and by coincidence, we chose at random a cafe where the owner was a German woman, Alice was born in Germany, they said something in German that I didn't understand, we got the coffee, we sat down in the chair and Alice started telling me about the experiment she was doing about using sadness to communicate with people, to have connection, so before we left Alice went back inside the café and started speaking in German to the owner of the café. coffee, she said: - You know, I'm living here because I have a project with other women and started talking about Bridge House. The cafe owner didn't show much interest, we said goodbye and when we were getting into the car to finally leave for home, another woman came running after us, and by coincidence or not it was another German woman who said: - I I couldn't help but overhear your conversation, and my daughter also has a women's project and maybe you would like to meet her, and we spent about fifteen minutes talking to her, we exchanged phone numbers, and as I write these words, Alice in the next room sends me a message, saying that the daughter of the Woman we met at the cafe wants to meet us on Saturday. It was only two hours and so much life happened. And while life happened there was no after, there was no pressure, there was nothing to do, it was just an explosion of chaos, meaning and love.