Anna invited me to have dinner with her, we went to the market and bought the ingredients, when we got home we prepared tapioca with lettuce, peppers, parsley and olives. To drink we had water with Camu Camu (an Amazonian fruit that Anna discovered in Peru). During dinner, I struggled to speak and to understand in English. Sometimes I catch myself thinking, do the people in this house understand me? At that moment it didn't matter, it wasn't about understanding in that moment, we were together and that was bigger than words and language, we had beautiful moments of intimacy with each other. At the dining table while we were eating we also heard noises from the next room, crying, screaming, someone was doing an EHP, I feel happy living in a house where these things happen.
During dinner Anna asks me: - Do you like animals? I responded that I loved animals, so she invited me to watch a documentary that expanded my box. The documentary was about another Anna, Anna Breytenbach, an extraordinary woman who has the ability to talk to animals
After cleaning up the dinner dishes, we turned on the fan, the heat was intense, we threw ourselves on the sofa and started watching the documentary, later Lisa Maria and Sónia came to meet us. In the first scene I was in tears, Anna Breytenbach was lying on the grass surrounded by wild monkeys and talking to them, the scene was so extraordinary, seeing it, it was as if I remembered that I had already done this once, in some other life I also knew how to communicate with animals. Witnessing this connection with Gaia was so big for me that sometimes it felt like my heart couldn't handle the love. The documentary ended and we continuee talking about it, thinking about experiments to do. I was ecstatic! I went to my room and continued to research more about this incredible ability.
I woke up early the next day, I went to the kitchen still drowsy and someone starts talking to me in English about logistics, I'm in a bad mood, my grumpy Gremlin complains in silence, I become a victim thinking that it's too early to talk to someone in English. Then I remember the documentary from the night before, if that woman can talk to monkeys, then my drama about English seems ridiculous, and what's more, at the same moment that I throw myself out of the drama, I realize that I have a great opportunity to expand my skills by not speaking the same language as the people in the house.
Going back to the moments I had here in the house with the other women, in fact, almost all the communication that takes place does not take place in words. It is possible to have clarity about a person's reactivity, about love and care, about clarity and commitment without needing to say anything. It's also true that I often have emotions about not being heard or understood, but that's not in the present.
What is also possible to notice is about the person's energetic body, especially when the person feels fear, the energetic body vibrates in small shocks and often the person does not energetically occupy their own legs. In this research on fear I have also researched my own fear.
I've discovered that I feel emotional fear almost constantly, as if I'm in a small state of shock about being alive. I did an emotional healing process these days and discovered that I sacrificed my vivacity to be loved by my mother, arriving here on earth was shocking for me, I was a ball of bright light and so loving, and my mother was not present in her body to receive me.I felt afraid that if I were too much my mother wouldn't love me, and if that happened there would be no point in being alive. I needed her love to be valuable. As I write this I remember the black jaguar in the documentary, he was also in a state of shock, he had been poorly treated and was rescued by a man who loves and cares for wild animals, but he refused to have contact with humans because he had emotions about them. Therefore, he remained lying down and hidden in a small place and refused to leave, Anna Breytenbach is invited to talk to the animal, then the jaguar is heard and also communicates and soon after he voluntarily leaves where he had been hiding for 6 months, I cry again when I see this, no words were needed to be said for there to be true listening.
I think maybe I'm experiencing this at Bridge-House, communicating beyond words, not only myself but the other women as well. I remember a day when I shared a room with Vera. Each one was in their bed working, and I thought I'm going to ask Vera to send me that website, and before I could say it, she said to me: - I just sent you the website. And this happened three times in the same night, in which we communicated in silence.
The other day at Team Possibilities women of the earth, during a practice, Quinu started talking to me, I didn't understand the words precisely because she spoke in English, but the feeling I had was that she was calling my being out, that it touched me so deeply, because it wasn't the words that had an effect on me, she was talking to my being and calling to it, I missed that and didn't even know it, then Julia, who was the spaceholder, said that this is what Women can do for each other, call on their being. And I think that's what we're doing here at Bridege-House constantly and silently calling into each other's being.
Afinando o Silêncio.
Anna me convidou para jantar com ela, passamos no mercado compramos os ingredientes, ao chegar em casa preparamos tapioca com alface, pimentão, salsinha, azeitonas e para beber água com Camu Camu (uma fruta da Amazonia que Anna conheceu no Peru), eu me esforçava para falar em inglês e para entender em inglês. As vezes me pego pensando será que as pessoas nessa casa estão me entendendo? Nesse momento isso não importava, não era sobre entender aquele momento, estávamos juntas e isso era maior que as palavras e o idioma, tivemos lindos momentos de intimidade uma com a outra. Na mesa de jantar enquanto comíamos também ouvimos o barulho do quarto ao lado, choro, grito, alguém fazia um EHP, sinto alegria em viver em uma casa onde essas coisas acontecem.
Durante o jantar Anna me pergunta: - Você gosta de animais? Eu respondi que amava animais, então ela me convidou para assistir um documentário que expandiu a minha caixa. O documentário era sobre uma outra Anna, Anna Breytenbach, uma mulher extraordinária que tem habilidades para conversar com animais.
Após limparmos a louça do jantar, ligamos o ventilador, o calor estava intenso, nos jogamos no sofá e começamos assistir o documentário, mais tarde Lisa Maria e Sónia vieram ter conosco. Logo na primeira cena eu estava em lágrimas, Anna Breytenbach estava deitada na grama cercada de macacos selvagens e conversando com eles, era tão extraordinária a cena, ver aquilo era como se eu lembrasse que eu já fiz isso um dia, em alguma outra vida eu também sabia me comunicar com animais. Testemunhar essa conexão com Gaia foi tão grande para mim que as vezes parecia que meu coração não ia aguentar de tanto amor. O documentário acabou e ficanis ainda falando sobre isso, pensando em experimentos para fazer. Eu estava em êxtase! Fui para o quarto e continuei a pesquisar mais sobre essa incrível habilidade.
Acordo cedo no dia seguinte, vou para cozinha ainda sonolenta e alguém começa a falar em inglês comigo sobre logísticas, estou de mau humor, meu Gremlin rabugento reclama em silêncio, viro vitima pensando que é cedo demais para falar em inglês com alguém, quando me lembro do documentário da noite anterior, se aquela mulher conversava com macacos, aquele meu drama sobre o inglês era ridículo, e mais, no mesmo momento que me jogo para fora do drama, percebo que tenho uma grande oportunidade de ampliar minhas habilidades por não falar o mesmo idioma que as pessoas na casa.
Retomando os momentos que tive aqui na casa com as outras mulheres de fato quase toda a comunicação que acontece não se dá por palavras. É possível ter clareza sobre a reatividade de uma pessoa, sobre o amor e cuidado, sobre clareza e comprometimento sem precisar dizer nada. Também é verdade que muitas vezes tenho emoções sobre não ser ouvida ou entendida, mas isso não é do presente.
O que também é possível notar é sobre o corpo energético da pessoa, principalmente quando a pessoa sente medo, o corpo energético vibra em pequenos choques e muitas vezes a pessoa não ocupa energicamente as próprias pernas. Nessa pesquisa sobre o medo também tenho pesquisado o meu próprio medo.
Descobri que sinto medo emocional quase que constantemente, como se estivesse em um pequeno estado de choque por estar viva. Fiz um processo de cura emocional esses dias e descobri que sacrifiquei minha vivacidade para ser amada pela minha mãe, chegar aqui na terra foi chocante para mim, eu era uma bola de luz brilhante e tão amorosa, e minha mãe não estava presente no corpo dela para me receber, senti medo que se eu fosse muito minha mãe não me amaria, e se isso acontecesse não havia sentido nenhum estar viva. Eu precisava do amor dela para poder ter valor. Enquanto escrevo isso me lembro da onça preta do documentário, ela também estava em estado de choque, havia sido mal tratada e foi resgatada por um homem que ama e cuida de animais selvagens, porém ela se recusava a ter contato com humanos pois tinha emoções sobre isso, ela se mantinha deitada e escondida em um pequeno local e se recusava a sair, Anna Breytenbach é convidada para conversar com o animal, então a onça é ouvida e também se comunica e logo depois ela voluntariamente sai de onde se mantinha escondida por 6 meses, eu choro novamente ao ver isso, nenhuma palavra foi dita para haver um verdadeira escuta.
Eu penso que talvez eu esteja experimentando isso na Breidge- House, a me comunicar além das palavras, não só eu como as outras mulheres também. Lembro de um dia quando dividia quarto com a Vera. Cada uma estava na sua cama trabalhando, e eu pensei vou pedir para a Vera me enviar tal site, e antes que pudesse dizer, ela me disse: - Acabei de te enviar o site. E isso aconteceu umas três vezes na mesma noite, na qual nos comunicávamos em silêncio.
Outro dia no Time Possibilidades Mulheres da Terra, durante uma prática, Quinu começou a falar comigo, eu não entendia as palavras com precisão porque ela falava em inglês, mas a sensação que eu tinha é que ela estava chamando o meu ser para fora, isso me tocou tão profundamente, porque não eram as palavras que faziam efeito em mim, ela estava falando com meu ser e chamava por ele, eu sentia falta disso e nem sabia, depois Julia, que era a spaceholder , disse que é isso que as Mulheres podem fazer umas pelas outras, chamar pelo ser delas. E eu acho que é isso que é isso que estamos fazendo aqui na Bridege- House constantemente e em silêncio, chamando o ser uma das outras.